A proibição de torcedores entrarem com rádio de pilha nos estádios de Pernambuco está suspensa. A decisão foi comunicada pela Polícia Militar na manhã desta sexta-feira, véspera da final do Campeonato Pernambucano, após o veto repercutir negativamente entre os torcedores.
Ao justificar a suspensão da medida, o assessor de comunicação e porta-voz oficial da Polícia Militar de Pernambuco, o coronel Luiz Claudio Brito ressalta que a proibição não era uma novidade. Nesse sentido, menciona que, desde a Copa das Confederações (2013), é adotado um protocolo internacional de acesso aos estádios que proíbe a entrada dos torcedores com objetos que podem ser arremessados e causar lesões.
No caso, a Polícia Militar "apenas" divulgou a proibição na quinta-feira, o que resultou em inúmeras críticas.
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- O rádio veio à tona porque ele é um equipamento análogo aos outros que foram proibidos. Ele pode ser arremessado e causar uma lesão, como outros equipamentos. (...) Todo e qualquer objeto que pode ser arremessado em direção a uma pessoa e feri-la, é uma preocupação da corporação. E, nos palcos esportivos, nós tivemos situações de pessoas que foram lesionadas pelo arremesso de equipamentos - inicia Brito.
Veio essa polêmica porque o rádio tem esse simbolismo, tem a velha guarda que gosta dos radinhos, tem o deficiente visual que quer ter acesso à partida, não enxerga mas quer escutar o que acontece no campo. Em virtude disso, essa medida está suspensa.
— Luiz Claudio Brito, assessor de comunicação e porta-voz da PM
Brito esclarece que a proibição será melhor avaliada pelo "Grupo de Trabalho Futebol", um colegiado integrado por órgãos com atuação no futebol - Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Juizado do Torcedor, entre outros -, que deve, futuramente, decidir de forma definitiva sobre o tema. Ressalta, contudo, que outros objetos - como instrumentos musicais - seguem proibidos.
GEPE





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